Trata-se de um evento patrocinado pela ASTHEMG - Associação Sindical dos Trabalhadores da Fhemig, cuja finalidade será telar o abrigo destinado aos gatos velhinhos e doentes crônicos, bem como pagar algumas dívidas contraídas em clínicas veterinárias para atender os gatos do Parque Municipal René Giannetti. 
O gato branco da FAFICH, por exemplo. Tão lindo, tão dócil, tão imponente. Um câncer na orelha mutilou sua beleza....será? Algumas pessoas se afastaram horrorizadas. Mas a beleza de um ser se resume na aparência? E o amor, o carinho, o companheirismo que ele tem para dar? E lá está ele, num gatil, quem sabe para sempre. Perde ele, que não pode receber um carinho especial, mas perdem mais, muito mais, todas as pessoas que não terão a oportunidade de saber o que é um amor incondicional, puro.
Alguns dão sorte: uma gatinha foi encaminhada para ser sacrificada (em vez de tratada, como se tivesse perdido o prazo de validade) - mas a médica veterinária não teve coragem e lá está ela, dois anos depois, feliz da vida.
Outra veterinária também recebeu a mesma incumbência de sacrificar uma gatinha cega (teve os dois olhinhos perfurados por um ser “humano”), Também não teve coragem, deu-lhe uma oportunidade. Hoje, ao contrário do que muitos pensam, ela tem qualidade de vida: até porque a qualidade de vida é proporcionada pelo outro, que teve compaixão do animalzinho indefeso.
Há alguns, como o Hernandes, que são seres humanos também muito especiais: quando nos procurou, disse que queria uma dupla de gatos que não tivesse chances de serem adotados por serem mais velhos. Um dos adotados foi o Pirata, que tinha um olhinho bem mais fechadinho que o normal. E lá estão os três, grandes companheirões.
E são muitos os casos. Temos o Miau, um macho adulto, castrado, mas que também teve a ponta da orelha amputada. Ele é dócil e “conversa” o tempo todo. Ou o Crispim, que teve a cauda amputada. O nosso último é a Missy, que perdeu um olhinho e está lutando para não perder o outro. Fraquinha, recuperando-se da desnutrição e do tratamento, eles esperam que uma mão seja estendida para que possam viver, possam ser.
Quem se habilita a adotar um gatinho “especial”? É preciso ser alguém tão especial quanto eles.
